terça-feira, 16 de março de 2010

Desespero de encanto



A teus lábios, voando, os ares fendem
Terníssimos desejos sequiosos
(...) Teus alvos, curtos dedos melindrosos.
(...) Mora a firmeza no teu peito amante,
A razão com teus risos mistura.
És dos céus o composto mais brilhante
(...) Eu descoro, eu praguejo, eu ardo, eu gemo;
Eu choro, eu desespero, eu clamo, eu tremo;
Em sombras a Razão se me condensa
(...) Tem-me cativo, e não me faz ditoso.

Manuel Maria Barbosa du Bocage







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